Esta é nova! O pessoal erra muito falando em "risco de morte". Mas digamos que estejam certos. Digamos que a incongruente expressão "risco de vida" é que seja tão... incongruente... que se justifique falar em "risco de morte". Mas esta aqui de hoje não tem salvação: " travessia pela floresta, com risco de saúde e morte." Cuma?
Afinal... o cara corre risco de morrer ou de ficar saudável? Se eu tivesse que sentar ao lado de quem escreveu isso e explicar por que razão é um absurdo, não saberia nem por onde começar.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,apos-nova-regra-brasil-so-concede-30-da-cota-de-vistos-a-haitianos,842150,0.htm
Olha, sou fã do Estadão, tá? Por isso quero que seja cada dia melhor. Não é que eu ande por aí procurando erros. É que eles me cutucam, me puxam a barra da saia, são uns exibidos.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Foi pressa?
Né que esteja "errado". É mera questão de elegância estilística. Como é que um enviado especial pode dar tão pouca atenção ao texto para cuja produção foi especialmente enviado? Não falo de coisas como a frase sublinhada. Esta comento mais abaixo. Falo das repetições destacadas em amarelo: :
Quanto à frase sublinhada, vejamos:
O "durante do reinado" é o de menos, é um erro que qualquer pessoa poderia perpetrar, principalmente se tem pressa para entregar o texto. Mas a falta da vírgula depois da data é mais difícil de relevar.
A matéria foi assinada por Andrei Netto, enviado especial a Atenas.
A Faculdade de Direito, fundada em 1873 durante do reinado de Otto, é uma das mais tradicionais do país, junto com as faculdades de Teologia, de Medicina e de Filosofia. É considerada na Grécia como uma das formadoras da elite intelectual do país, assim como parte de seus quadros dirigentes. Desde sua criação, também é considerada um dos núcleos do pensamento político do país, tendo contribuído para a organização do moderno Estado grego.Este artigo tem uma porção de coisas assim... Que não são propriamente erros, mas são 'feias' de se ler.
Quanto à frase sublinhada, vejamos:
"A Faculdade de Direito, fundada em 1873 durante do reinado de Otto, é uma das mais tradicionais do país"
O "durante do reinado" é o de menos, é um erro que qualquer pessoa poderia perpetrar, principalmente se tem pressa para entregar o texto. Mas a falta da vírgula depois da data é mais difícil de relevar.
A matéria foi assinada por Andrei Netto, enviado especial a Atenas.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
O sujeito, o verbo e a vírgula
Legenda sob a foto do carro alegórico com a Igreja da Imperatriz, na última página do caderno Metrópole:
"Quem assistir" é o sujeito desta frase. Portanto, não deve ser separado por vírgula do verbo "notará".
A frase correta é:
Quem assistir notará as mesmas imagens e os mesmos cartões postais.
Você pode falar fazendo uma pausa depois do sujeito... é uma questão de inflexão, de entonação. MAS não pode seguir aqui a regra (errada) que se ensina nas escolas, de sapecar uma vírgula a cada pausa.
"Quem assistir" é o sujeito desta frase. Portanto, não deve ser separado por vírgula do verbo "notará".
A frase correta é:
Quem assistir notará as mesmas imagens e os mesmos cartões postais.
Você pode falar fazendo uma pausa depois do sujeito... é uma questão de inflexão, de entonação. MAS não pode seguir aqui a regra (errada) que se ensina nas escolas, de sapecar uma vírgula a cada pausa.
"um tanto quanto" não se diz... e muito menos se escreve!
O correto é "um tanto ou quanto".
pode-se dizer "estou feliz, tanto quanto você". Ou "esforcei-me tanto quanto pude". Mas "uma missão um tanto quanto complicada", como escreveu Mariana Mandelli na última página do primeiro caderno do Estadão de hoje, é erro.
Pensando em inglês, coisa muito útil para se entender o português:
tanto quanto = as much as
um tanto ou quanto = a little bit
Pode-se usar "um tanto" em lugar de "um tanto ou quanto". Mas nunca em vez de "tanto quanto" (esta é uma regrinha só pra ajudar... do tipo "substitua a palavra feminina por uma masculina, para ver se deve levar crase").
-------------------------------------
(mas adorei a reportagem, visse? Tá mto legal!)
pode-se dizer "estou feliz, tanto quanto você". Ou "esforcei-me tanto quanto pude". Mas "uma missão um tanto quanto complicada", como escreveu Mariana Mandelli na última página do primeiro caderno do Estadão de hoje, é erro.
Pensando em inglês, coisa muito útil para se entender o português:
tanto quanto = as much as
um tanto ou quanto = a little bit
Pode-se usar "um tanto" em lugar de "um tanto ou quanto". Mas nunca em vez de "tanto quanto" (esta é uma regrinha só pra ajudar... do tipo "substitua a palavra feminina por uma masculina, para ver se deve levar crase").
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(mas adorei a reportagem, visse? Tá mto legal!)
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Julio Maria fala de Wando e de Teló
Vejam o que escreveu Julio Maria:
Verifique, please, Julio Maria, a origem da canção -- origem um pouco mais palpitante do que a usual parceria entre letrista e músico, ou de um compositor consigo mesmo, à la Chico Buarque.
Os compositores são, oficialmente, Antonio Dyggs e Sharon Aciolly. Digo "oficialmente" porque a autoria da letra está sendo contestada por um grupo de adolescentes paraibanas, de quem Sharon até admite ter ouvido o refrão. As meninas paqueravam zoando os rapazes com aquela folia: "Ai, se eu te pego!", "Delícia!", "Assim você me mata!", etc... Mesmo os gestos, a (digamos) coreografia foram criados pelas meninas. Já a outra parte da letra, assim como a melodia, é de Anotnio Diggs, cuja banda também gravou a canção, sem fazer tanto sucesso.
:Aqui há vários links levando a matérias sobre o entrevero:
"Michel Teló vai sumir em poucos meses sim porque seu público é impiedoso e não admite ouvir o mesmo artista por dois carnavais. Mas o que este rapaz fez com cinco palavras é digno de atenção. Ai se eu te pego, uma corruptela de 'e quando tão louca me beija na boca, me ama no chão', tem algo de genial."Ok. Aliás, gostei muitíssimo do artigo -- que é sobre Wando, na verdade. O problema é que A ÚNICa coisa que Michel Teló fez com as tais cinco palavras foi cantá-las! Ele não é compositor.
Verifique, please, Julio Maria, a origem da canção -- origem um pouco mais palpitante do que a usual parceria entre letrista e músico, ou de um compositor consigo mesmo, à la Chico Buarque.
Os compositores são, oficialmente, Antonio Dyggs e Sharon Aciolly. Digo "oficialmente" porque a autoria da letra está sendo contestada por um grupo de adolescentes paraibanas, de quem Sharon até admite ter ouvido o refrão. As meninas paqueravam zoando os rapazes com aquela folia: "Ai, se eu te pego!", "Delícia!", "Assim você me mata!", etc... Mesmo os gestos, a (digamos) coreografia foram criados pelas meninas. Já a outra parte da letra, assim como a melodia, é de Anotnio Diggs, cuja banda também gravou a canção, sem fazer tanto sucesso.
:Aqui há vários links levando a matérias sobre o entrevero:
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